sexta-feira, 5 de outubro de 2012

AMIGO DE INFÂNCIA


AMIGO DE INFÂNCIA

Hoje revi um amigo de infância.
Não existe nada mais gostoso do que isto... encontrar um amigo de infância é encontrar com a própria vida deixada em algum lugar de nosso passado.
É reaproximar do início, quando ainda era tudo um sonho... parte da vida.
...Quem esqueceu seus amigos, esqueceu de viver,
Aliás, esta vida que vivemos... a vida de adulto, só serve para separar as pessoas e destruir os sonhos...
Quem os perde, amigo e sonhos, perde-se a si mesmo.
Penso nos meus amigos, e cada um que parte, leva uma parte de mim também.
Amo a vida... amo meus amigos.


Jesuel Arruda

sábado, 21 de julho de 2012

22/07/2012 - XVI DOMINGO DO TEMPO COMUM - ANO B

Domingo dia 22 de Julho de 2012
XVI DOMINGO DO TEMPO COMUM
(Verde, Glória, Creio – IV Semana do Saltério)
Antífona da entrada: É Deus quem me ajuda, é o Senhor quem defende a minha vida. Senhor, de todo o coração hei de vos oferecer o sacrifício e dar graças ao vosso nome, porque sois bom (Sl 53,6.8).
Oração do dia: Ó Deus, sede generoso para com os vossos filhos e filhas e multiplicai em nós os dons da vossa graça, para que, repletos de fé, esperança e caridade, guardemos fielmente os vossos mandamentos. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Leitura (Jeremias 23,1-6)
Leitura do livro do profeta Jeremias. 1"Ai dos pastores que deixam perder-se e dispersar-se o rebanho miúdo de minha pastagem! - oráculo do Senhor. 2Por isso, assim fala o Senhor, Deus de Israel, acerca dos pastores que apascentam o meu povo: Dispersastes o meu rebanho e o afugentastes, sem dele vos ocupar. Eu, porém, vou ocupar-me à vossa custa da malícia de tal procedimento - oráculo do Senhor. 3Reunirei o que restar das minhas ovelhas, espalhadas pelos países em que as exilei e as trarei para as pastagens em que se hão de multiplicar. 4Escolherei para elas pastores que as apascentarão, de sorte que não tenham receios nem temores, e já nenhuma delas se extravie - oráculo do Senhor. 5Dias virão - oráculo do Senhor - em que farei brotar de Davi um rebento justo que será rei e governará com sabedoria e exercerá na terra o direito e a eqüidade. 6Sob seu reinado será salvo Judá, e viverá Israel em segurança. E eis o nome com que será chamado: ´Javé, nossa justiça!". Palavra do Senhor.
Salmo responsorial 22/23

O Senhor é o pastor que me conduz: / felicidade e todo bem hão de seguir-me!
1. O Senhor é o pastor que me conduz; / não me falta coisa alguma. / Pelos prados e campinas verdejantes / ele me leva a descansar. / Para as águas repousantes me encaminha / e restaura as minhas forças.
2. Ele me guia no caminho mais seguro, / pela honra do seu nome. / Mesmo que eu passe pelo vale tenebroso, nenhum mal eu temerei; / estais comigo com bastão e com cajado; / eles me dão a segurança!
3. Preparais à minha frente uma mesa, / bem à vista do inimigo, / e com óleo vós ungis minha cabeça; /o meu cálice transborda.
4. Felicidade e todo bem hão de seguir-me / por toda a minha vida; / e na casa do Senhor habitarei / pelos tempos infinitos.

Leitura (Efésios 2,13-18)

Leitura da Carta de são Paulo aos Efésios. 13 Agora, porém, graças a Jesus Cristo, vós que antes estáveis longe, vos tornastes presentes, pelo sangue de Cristo. 14 Porque é ele a nossa paz, ele que de dois povos fez um só, destruindo o muro de inimizade que os separava, 15 abolindo na própria carne a lei, os preceitos e as prescrições. Desse modo, ele queria fazer em si mesmo dos dois povos uma única humanidade nova pelo restabelecimento da paz, 16 e reconciliá-los ambos com Deus, reunidos num só corpo pela virtude da cruz, aniquilando nela a inimizade. 17 Veio para anunciar a paz a vós que estáveis longe, e a paz também àqueles que estavam perto; 18 porquanto é por ele que ambos temos acesso junto ao Pai num mesmo espírito. Palavra do Senhor.
Evangelho (Marcos 6,30-34)
Aleluia, aleluia, aleluia.

Minhas ovelhas escutam minha voz, / minha vos estão elas a escutar. / Eu conheço, então, minhas ovelhas, / que me seguem comigo a caminhar (Jo 10,27).

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Marcos. 30 Os apóstolos voltaram para junto de Jesus e contaram-lhe tudo o que haviam feito e ensinado. 31 Ele disse-lhes: "Vinde à parte, para algum lugar deserto, e descansai um pouco". Porque eram muitos os que iam e vinham e nem tinham tempo para comer. 32 Partiram na barca para um lugar solitário, à parte. 33 Mas viram-nos partir. Por isso, muitos deles perceberam para onde iam, e de todas as cidades acorreram a pé para o lugar aonde se dirigiam, e chegaram primeiro que eles. 34 Ao desembarcar, Jesus viu uma grande multidão e compadeceu-se dela, porque era como ovelhas que não têm pastor. E começou a ensinar-lhes muitas coisas. Palavra da Salvação.

Comentário ao Evangelho: Marcos apresenta, neste texto, mais um sumário da missão de Jesus, agora também registrando o retorno dos apóstolos que haviam sido enviados. Estes sumários de missão, que indicam o bom andamento do ministério de Jesus, mostram Jesus cuidando de seus discípulos e em contato com as multidões carentes, atento às suas necessidades e procurando libertá-las de suas carências e opressões, dirigindo-lhes a palavra. Os Doze, que tinham sido enviados, retornam e contam a Jesus tudo o que fizeram e ensinaram. "Fazer e ensinar" é o próprio estilo de Jesus e sua proposta para a prática missionária. Marcos retoma, então, a observação de que o assédio da multidão não deixava tempo nem para comer (cf. 3,20). Jesus preocupa-se com a recuperação dos discípulos, em lugar que ofereça repouso, depois da fadiga da missão, na oração e na comunicação da palavra. O tema do "comer" prepara também o tema do "pão", que virá a seguir. O "barco" associado à missão é também utilizado para a busca do devido repouso. Marcos, com um texto expressivo, acentua a insistência da multidão: partindo de todas as cidades correram a pé e chegaram antes deles! E diante desta multidão excluída pela classe dirigente do sistema teocrático da Judéia, Jesus enche-se de terna compaixão. Marcos usa a palavra ochlós, que designa o grande número de excluídos e marginalizados, uma confusa maioria de anônimos que se diferenciam da classe dirigente. Eram pessoas prejudicadas pelo sistema político-religioso, tanto do templo de Jerusalém como do Império Romano, que agiam como "pastores que destroem e dispersam o rebanho da minha pastagem" (primeira leitura). Estas pessoas empobrecidas, excluídas das sinagogas e das elites sociais, buscam acolhida em Jesus, que, com sua palavra amorosa, dá-lhes esperança e ânimo. Ele é o bom pastor, que traz a paz e acolhe as multidões sem discriminar ninguém (segunda leitura).
Comentário litúrgico de autoria do Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE. Disponivel em: http://www.domtotal.com/religiao/eucaristia/liturgia_diaria.php?data=2012-7-22 – Acesso em 21 jul 2012)

sexta-feira, 13 de julho de 2012

REGIONAL SUL I DA CNBB DIVULGA DOCUMENTO CONTRA O ABORTO - BOLETIM LINHA DIRETA DA ARQUIDIOCESE DE CAMPINAS - ANO 12, Nº 26, 12 DE JULHO DE 2012
A Comissão em Defesa da Vida do Regional Sul 1 da CNBB divulgou um curto mas contundente documento acusando o governo brasileiro de faltar com a palavra e organizar-se, há meses, para promover o aborto no país.
Assinada por Dom Benedito Simão, Bispo de Assis e Presidente da Comissão em Defesa da Vida do Regional Sul 1, seção da CNBB constituída pelas 42 dioceses do Estado de São Paulo, o documento foi fruto de consenso unânime da reunião convocada pela Comissão para debater o tema no dia 23 de junho de 2012.
O documento termina pedindo a demissão imediata da Ministra Eleonora Menicucci da Secretaria das Políticas para as Mulheres, do Secretário de Atenção à Saúde do Ministério da Saúde, Helvécio Magalhães, e o rompimento dos convênios entre o Ministério da Saúde com o grupo de estudo e pesquisa para despenalizar o aborto no Brasil.
O texto integral com o Título “Governo Dilma falta com a palavra e promove o aborto” encontra-se disponível no site da diocese de Assis e está se propagando rapidamente pela Internet. O endereço é www.diocesedeassis.org/index.php?option=com_content&view=article&id=1247.

ABAIXO, SEGUE O TEXTO NA ÍNTEGRA:

GOVERNO DILMA FALTA COM A PALAVRA E PROMOVE O ABORTO
(Texto preparado e aprovado na reunião extraordinária de 23/06/2012, com a presença de Dom José Benedito Simão)
No dia 16 de outubro de 2010, a então candidata a Presidente da República, Dilma Rousseff, assinou uma carta de compromisso na qual afirmava:
"Sou pessoalmente contra o aborto e defendo a manutenção da legislação atual sobre o assunto. Eleita Presidente da República, não tomarei a iniciativa de propor alterações de pontos que tratem da legislação do aborto e de outros temas concernentes à família”.
Em 4 de outubro de 2010, o Diário Oficial da União publicava a prorrogação, até fevereiro de 2011, do termo de cooperação Nº 137/2009, assinado alguns dias antes pelo governo Lula, criando no Ministério da Saúde um grupo de “estudo e pesquisa para despenalizar o aborto no Brasil e fortalecer o SUS”.
Se a Presidente Dilma fosse coerente com o que escreveu na carta de 16 de outubro, logo eleita, acabaria com este grupo de estudo e pesquisa. Mas não foi isto que ela fez.
Um novo termo de cooperação Nº 217/2010 foi publicado no Diário Oficial do dia 23/12/10 para criar um “grupo de estudo e pesquisa para estudar o aborto no Brasil e fortalecer o SUS”. Do nome do grupo foi retirado o termo “despenalizar”, mas os demais nomes e detalhes são os mesmos. Este novo termo de cooperação foi prorrogado através de nova publicação no Diário Oficial de 22/12/11 e novamente prorrogado com publicação no Diário Oficial de 09/01/12 para vigorar até 30/08/12.
Em fevereiro deste ano, a Presidente Dilma designou a socióloga Eleonora Menicucci para Ministra da Secretaria de Políticas das Mulheres. A nova Ministra, que também integra o grupo de estudo sobre o aborto, fez apologia do mesmo, relatou ter-se submetido pessoalmente duas vezes a esta prática e afirmou que levaria para o governo sua militância pelos “direitos sexuais e reprodutivos das mulheres” (Folha de São Paulo, 07-02-2012) expressão eufemística para abrir espaço ao direito ao aborto. Ela também declarou ter participado na Colômbia de um curso de autocapacitação para que pessoas não médicas pudessem praticar o aborto pela técnica da aspiração manual intra-uterina (Estado de São Paulo, 13-02-2012).
As decisões e os atos de uma pessoa falam mais alto do que as palavras faladas ou escritas. Com a designação de Eleonora Menicucci como Ministra das Políticas para as Mulheres, a Presidente Dilma rasgou a carta de 16 de outubro de 2010, pois entrou em contradição com o compromisso assumido naquele documento.
Os jornais Folha de São Paulo, Estado de São Paulo e Correio Braziliense noticiaram, na primeira semana de junho deste ano, que o governo Dilma, quebrando todas as promessas feitas, estaria implantando, através do Ministério da Saúde, uma nova estratégia, desenvolvida pelos promotores internacionais do aborto, para difundir esta prática, burlando a lei sem, por enquanto, modificá-la. Segundo esta estratégia, o sistema de saúde passará a acolher as mulheres que desejam fazer aborto e as orientará sobre como usar corretamente os abortivos químicos, garantindo em seguida o atendimento hospitalar, e serão criados centros de aconselhamento para isso (Folha de São Paulo, 06-06-12).
Na última semana de maio a Ministra Eleonora Menicucci afirmou à Folha de São Paulo que “Somente é crime praticar o próprio aborto, mas que o governo entende que não é crime orientar uma mulher sobre como praticar o aborto” (Folha de São Paulo, 06-06-12).
Ainda, segundo a imprensa, estaria sendo elaborada uma cartilha para orientar as mulheres na realização do aborto com segurança (Estado de São Paulo, 07-06-12). Estaria também sendo elaborada, por parte do Ministério da Saúde, uma nova Norma Técnica sobre os cuidados do pré-aborto, sendo que os do pós-aborto já estão garantidos por Norma Técnica anteriormente publicada (Correio Braziliense, 09-06-12).
Como coroamento de todo este trabalho de difusão da prática do aborto, mesmo deixando as leis como estão, o Correio Braziliense, do dia 9 de junho, noticia a possibilidade por parte do Ministério da Saúde de liberar para o público a venda de drogas abortivos, atualmente em uso somente nos hospitais.
De fato, esta é a política da Presidente Dilma: incentivar e difundir o aborto, favorecendo os interesses de organismos internacionais que querem impor o controle demográfico aos países em desenvolvimento, mesmo se isto leva a Presidente a desrespeitar a vontade da maioria do povo brasileiro, que é contrária ao aborto, e a infringir as mais elementares regras da democracia.
Não queremos que a Presidente Dilma faça pronunciamentos por palavras ou por escrito, queremos fatos:
1. A demissão imediata da Ministra Eleonora Menicucci da Secretaria das Políticas para as Mulheres.
2. A demissão imediata do Secretário de Atenção à Saúde do Ministério da Saúde, Helvécio Magalhães, que está coordenando a implantação das novas medidas a serem tomadas por esse Ministério.
3. O rompimento imediato dos convênios do Ministério da Saúde com o grupo de estudo e pesquisa sobre o aborto no Brasil.
Comissão em Defesa da Vida do Regional Sul 1 da CNBB

sábado, 10 de março de 2012

REFLEXÃO DA PALAVRA - 3º DOMINGO DA QUARESMA - ANO B - 11/03/2012 - JESUS CONHECE A TODOS E NÃO PRECISA SER INFORMADO A RESPEITO DO SER HUMANO (Jo 2,24b-25a)

3º DOMINGO DA QUARESMA - ANO B - 11/03/2012
(Roxo, Creio, III Semana do Saltério)

1ª Leitura: Êxodo 20,1-17
Salmo Responsorial: Sl 18, 8.9.10.11 (R Jo 6,68c)
2ª Leitura: Coríntios 1,22-25
Evangelho: João 2,13-25

JESUS CONHECE A TODOS E NÃO PRECISA SER INFORMADO A RESPEITO DO SER HUMANO (Jo 2,24b-25a)

Embora o mistério da encarnação do Filho tenha solucionado uma carência na relação entre Deus e os homens, a carência do pleno conhecimento, fundamento de qualquer relação, sobretudo a relação do puro amor, capaz de reaproximar o Criador de sua criatura, a humanidade, sujeita desde o princípio às investidas do mal, por conta de sua natureza marcada pela corrupção da matéria e à morte como consequência, não a morte física em si, mas a morte como isolamento em relação a Deus, que é vida.
Os Dez Mandamentos, descritos, no livro de Êxodo (1ª Leitura), e reafirmado em Deuteronômio 5,1-21, cumpre a função didática de proteger a humanidade, representada na Escritura pelo povo escolhido, das tentações aos pecados comuns à natureza humana, pois Deus sabia da fragilidade humana; a manifestação divina na elaboração das Leis do Decálogo é então, uma manifestação de amor, amor de Pai para com seu filho. No tempo e no espaço onde a sobrevivência é colocada em risco, os meios para alargar o tempo de vida, nem sempre são meios morais, tampouco, éticos. É neste contexto que as Leis são formuladas, para garantir uma convivência mínima suportável na relação com o semelhante.
No entanto, dotado da soberba original, a Lei com o tempo, vai perdendo sua força e seus propósitos vão sendo transformados para atender aos poderosos, uma vez que a Lei não é perfeita; sabemos mesmo hoje que a Lei está sujeita a diversas interpretações; a mesma Lei que condena pode absolver, conforme a retórica utilizada pela defesa e pela acusação. A Lei no tempo de Jesus estava sendo utilizada para proteger as estruturas de poder, fundadas no templo e na religião de sua época, ao mesmo tempo em que era instrumento de dominação para a manutenção da política imperialista que Roma exercia sobre todo o povo, que vê em Jesus a esperança da libertação. Como a libertação não é interesse de todos, apenas dos excluídos do sistema, ou seja, a parte do povo que se via obrigado, pela Lei, a se dirigir anualmente ao centro do poder para oferecer seus sacrifícios; para os que detêm o poder e usufruem dos benefícios deste sistema, Jesus era apenas um estorvo, pois a corrupção se tornara parte da cultura, assim como vemos hoje em nossa sociedade. É este contexto que Jesus encontra no templo e que o deixa transtornado; a promessa que faz é de construir uma nova realidade, não a partir da destruição do sistema, ou de uma guerra, como pretendiam os messiânicos da época, mas através do ato de amor que realizaria no tempo oportuno de sua consumação. A Lei cede espaço para o amor, que se apresenta muito mais eficiente; enquanto a Lei exige a libação do sangue de uma vítima animal, portanto imperfeita e temporal, o amor maior se doa em sacrifício perfeito e perpétuo ao qual sacrifício nenhum será equiparado, e a redenção completa, quando o sistema antigo embasado na Lei é então destruído como preverá Jesus.
Façamos parte deste novo templo que é o corpo e sangue de Jesus, que tem como fundação o Divino Amor.

Louvado seja Nosso Senhor Jesus Cristo.

domingo, 4 de março de 2012

REFLEXÃO DA PALAVRA - 2º DOMINGO DA QUARESMA - ANO B - 04/03/2012 - HÁ QUE DESCER A MONTANHA E POR A MÃO NA MASSA


2º DOMINGO DA QUARESMA - ANO B - 04/03/2012
(Roxo, Creio, Prefácio próprio, II Semana do Saltério)

1ª Leitura: Gênesis 22,1-2.9a.10-13.15-18
Salmo Responsorial: Sl 115,10 15.16-17.18-19 (R. Sl 114,9)
2ª Leitura: Romanos 8,31b-34
Evangelho: Marcos 9,2-10

HÁ QUE DESCER A MONTANHA E POR A MÃO NA MASSA
  
É verdade que, em se tratando de ação evangelizadora, há uma exigência básica que se faz, a de nos transpor do campo ideológico para a práxis libertadora, sob o risco de esvaziar, de reduzir o discurso ao fracasso e à decepção.

Não é fácil à nossa compreensão, superar a abstração e transformar em ação, conforme nos exige o Evangelho, a fé que recebemos em obras, de forma articulada, de tal modo que resulte em libertação; oração pressupõe, não só a relação transcendente com o sagrado, mas, a partir desta, um esforço quase que sobrenatural, do convertido, no sentido de materializar esta fé em ações que de fato promovam a vida em sua totalidade e sem condicionantes, ações estas, dirigidas, sobretudo, aos mais pobres e necessitados da sociedade excludente.

O episódio da transfiguração coroa a mensagem que a liturgia deseja nos transmitir neste domingo. Inicia-se com a atitude de obediência extrema que Abraão se submete ante o pedido estremo do Senhor: “Abraão... Toma teu filho único, Isaac, a quem tanto amas, dirije-te à terra de Moriá, e oferece-o ali em holocausto” (Gn 22,1-2), atitude que demonstra, por parte de Abraão, uma atitude ímpar de confiança à providência divina, particularidade de quem possui uma profunda amizade com Deus. Mas só a Deus será exigido a plenitude do sacrifício de seu único Filho, e isso se realizará na cruz, não para a redenção de um só homem, mas de toda a humanidade, pra não dizer de toda a criação; Deus não é um Deus cruel, que para nos libertar do mal, exigirá de nós o sacrifício pleno: a expiação de todos os nossos pecados; é ele mesmo quem se colocará em sacrifício eterno e supremo; Deus está conosco e não haverá acusador algum neste mundo capaz de exigir seus direito sobre nós, que tendo-nos tornado filhos de Deus por adoção, seremos doravante objetos de amor deste nosso Deus. A transfiguração é pois, a revelação antecipada deste amor que Deus sofre por nós, que se fundamenta na Palavra e no encontro, encontro que temos antes de tudo conosco mesmo, pois só se encontra com Deus quem se encontra consigo mesmo, e depois com a realidade transfigurada.

Mas veja bem, a tentação de se omitir, de empreitar uma fuga da realidade que iremos encontrar ainda não transfigurada, pode nos levar a perder a graça da ressurreição que nos é dada gratuitamente; devemos, após nos abastecer das graças que provém da relação com o sagrado, por meios das orações, do encontro com o outro e da recepção dos sacramentos, enfrentar as nossas misérias, aquelas, que ofusca a revelação divina, para então podermos transfigurá-las, e assim ser feliz completamente; uma felicidade que não se esvazia nunca, isto é estar eternamente na presença do amor.

Transfigurar nossa realidade nada mais é do que, reverter o contexto que fragiliza a nossa dignidade de seres humanos, criatura de Deus, em Jesus, elevados à filiação divina. Esta realidade, a qual nos gera medo e insegurança nos afasta do Criador e da vida, por meio de nossa contribuição responsável e concreta é então, transformada, dando-nos vencer todos os males e obstáculos à salvação.

Que o Senhor transfigurado, se revele a cada um dos que se optaram pela prática restauradora do amor.

Louvado seja Nosso Senhor Jesus Cristo.

sábado, 25 de fevereiro de 2012

REFLEXÃO DA PALAVRA - I DOMINGO DA QUARESMA - ANO B - 26/02/2012

1º DOMINGO DA QUARESMA - ANO B - 26/02/2012
(Roxo, Creio, Prefácio próprio, I Semana do Saltério)

1ª Leitura: Gn 9,8-15
Salmo Responsorial: Sl 24/25
2ª Leitura: 1 Pd 3,18-22
Evangelho: Mc 1,12-15

QUARESMA: INICIATIVA DA DIVINA MISERICÓRDIA EM RESTAURAR AS RELAÇÕES ABALADAS PELAS INFIDELIDADES DOS HOMENS AO AMOR.

Nega-se quem considera a conversão, resultado de uma iniciativa pessoal, motivada, sobretudo, por nossa vontade e pela liberdade que temos de não mais aceitar e realizar atos que ferem a dignidade humana e destroem a vida, não somente da criação humana, mas de toda a biodiversidade a qual esta vida se encontra presente.
Não é sem pensar que a Liturgia do tempo quaresmal se inicia com a reflexão do Livro de Gênesis, nome, que na sua etimologia quer dizer início; o início da vida marcado como ato criador de Deus, não como fato hitórico-científico, mas como relato de fé, compreendido a partir de um pensamento místico e espiritual, capaz de racionalizar aquilo que a ciência se limita a afirmar, pois não pode comprovar pela sua investigação sistemática e rigorosa.
Esta criação divina, com certeza, inicialmente realizada para a completa felicidade, aquela mesma que o pensamento racional diz não existir, pois, a felicidade, para este mundo, que se considera moderno não passa de fragmentos constituídos de pequenos momentos de felicidade, uma vez que na forma a qual se vive nesta sociedade, os momentos de infelicidade, pra não dizer desespero, ocorrem com muito mais frequência do que os momentos de felicidade, que não são puros, por ser uma felicidade contaminada, corrompida, sobretudo pelas condições do ter do que do ser; “considero-me feliz quando me encontro na segurança que este mundo me oferece” afirma o senso comum, no entanto esta sensação é sempre falsa, uma vez que se pensa essencialmente no caráter individual e não coletivo, isto é, não se concebe a existência e os direitos do outro também ser feliz; não raramente, para obter a felicidade nestas perspectivas, requer a anulação do outro, e anular o outro é o mesmo que eliminá-lo, e eliminação é pressuposto de morte. Quando anulamos alguém, de certa forma o matamos, ainda que não haja comportamentos de violência explícita.
“Cristo morreu, uma vez por todas, por causa dos pecados” (1Pd 3,18). Os pecados a que Paulo se refere, não são os pecados dos nossos antepassados, mas são os nossos pecados atuais e futuros que ferem e continuarão ferindo de morte, seja o Filho de Deus, que vive a glória da eternidade, sejam os filhos de Deus, uma vez que vivendo uma comunhão com o Cristo, tanto este quanto aquele, são partes de um mesmo corpo, de um só corpo, o Corpo de Cristo, a Igreja e sua Cabeça.
Assim, a conversão do pecador não é produto da vontade do pecador, mas é iniciativa da graça misericordiosa do Senhor que pela ação do Espírito Santo motiva e leva o pecador a relacionar-se novamente com o amor, é pois, o Espírito, aquele vento impetuoso que um dia adentrou as narinas daquele que era apenas matéria e encheu-o de vida (cf. Gn 2,7): “Então Iahweh Deus modelou o homem com argila do solo, insuflou em suas narinas um hálito de vida e o homem se tornou um ser vivente”. O pecado tem como principal característica levar a criatura à condição anterior de ter se tornado um vivente, então, um não vivente. Para Paulo, a água do batismo não é suficiente para restaurar plenamente a condição de vivente da criatura, esta condição só pode ser restaurada pela unção do Espírito. É no espírito que, Jesus humano, é levado ao deserto, e lá, entre as feras selvagens (cf. Mc 1,13) e as tentações de sua materialidade – sede, fome, esgotamento físico-emocional, desolação e profunda tristeza – é revestido de força e poder para assumir seu ministério, o qual se inicia com a pregação da Palavra.
Que esta quaresma seja o nosso deserto espiritual, onde se revelam a nós mesmos, todas as nossas misérias e limitações e dele possamos sair completamente restaurados pelo ânimo do Senhor, o hálito da vida entre também em nós, Senhor!

Louvado seja Nosso Senhor Jesus Cristo.

Bibliografia:

BÍBLIA DE JERUSALÉM. Nova edição, revista e ampliada. São Paulo: Paulus, 2002.

terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

FOLHETO DE MISSA - I DOMINGO DA QUARESMA - ANO B - 26/02/2012

FOLHETO DE MISSA
I DOMINGO DA QUARESMA – ANO B – 26/02/2012
(Roxo, Creio, Prefácio Próprio – I Semana do Saltério)
Antífona da entrada: Quando meu servo chamar, hei de atendê-lo, estarei com ele na tribulação. Hei de livrá-lo e glorificá-lo e lhe darei longos dias (Sl 90,15s).
Anim. O tempo da quaresma se abre como oportunidade de conversão e restabelecimento da aliança de amor para com Deus, Senhor da vida. Morrer para o pecado é nascer para uma vida plena e feliz, ou seja, à promoção da vida e a tudo o que ela representa. Façamos desta quaresma, o nosso deserto espiritual, campo de batalha contra toda representação do mal que nos destrói, enquanto pessoa e coletividade.
1. ABERTURA
Lembra, Senhor, o teu amor fiel para sempre! Que os inimigos não triunfem sobre o povo! De suas angústias, ó Senhor, livra tua gente!
1.     Senhor, meu Deus, a ti elevo a minha alma, Em ti confio: que eu não seja envergonhado.
Não se envergonhe quem em ti põe sua esperança, Mas, sim, quem nega por um nada sua fé!
2.     Mostra-me, Senhor os teus caminhos, E faz-me conhecer a tua estrada!
Tua verdade me orienta e me conduza, Porque és o Deus da minha salvação!
3.     Recorda, Senhor meu Deus tua ternura E a tua compaixão que são eternas.
Não recordes meus pecados quando jovem, Nem te lembres de minhas faltas e delitos.
4.     O Senhor é piedade e retidão, E reconduz ao bom caminho os pecadores.
Ele dirige os humildes na justiça, E aos pobres ele ensina o seu caminho.
5.     Verdade e amor são os caminhos do Senhor Para quem segue sua aliança e seus preceitos.
Ó Senhor, por teu nome e tua honra, Perdoa os meus pecados que são tantos.
2. SAUDAÇÃO
P. Em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo.
T. Amém.
P. Que a graça de Nosso Senhor Jesus Cristo, o amor do Pai e a comunhão do Espírito Santo estejam convosco.
T. Bendito seja Deus que nos reuniu no amor de Cristo.
3. ATO PENITENCIAL
P. Para celebrar dignamente o Mistério de Cristo e viver plenamente a graça da conversão nesta quaresma, reconheçamos os nossos pecados. (Momento de silêncio)
P. Confessemos os nossos pecados:
T. Confesso a Deus todo-poderoso e a vós, irmãos e irmãs, que pequei muitas vezes por pensamentos e palavras, atos e omissões, por minha culpa, minha tão grande culpa. E peço à Virgem Maria, aos anjos e santos e a vós, irmãos e irmãs, que rogueis por mim a Deus, nosso Senhor.
P. Deus todo-poderoso tenha compaixão de nós, perdoe os nossos pecados e nos conduza à vida eterna.
T. Amém.
Kyrie
P. Senhor, tende piedade de nós.
T. Senhor, tende piedade de nós.
P. Cristo, tende piedade de nós.
T. Cristo, tende piedade de nós.
P. Senhor, tende piedade de nós.
T. Senhor, tende piedade de nós.
4. ORAÇÃO
P. Oremos (silêncio): Concedei-nos, ó Deus onipotente, que, ao longo desta Quaresma, possamos progredir no conhecimento de Jesus Cristo e corresponder a seu amor por uma vida santa. Por N.S.J.C. T. Amém.
Anim. Nossa conversão se dá inicialmente pela Palavra. É ela que nos revela o pensar e agir de nosso Deus. Ouçamos com atenção!
5. PRIMEIRA LEITURA (Gênesis 9,8-15)
Leitura do Livro do Gênesis - 8Disse Deus a Noé e a seus filhos: 9'Eis que vou estabelecer minha aliança convosco e com vossa descendência, 10com todos os seres vivos que estão convosco: aves, animais domésticos e selvagens, enfim, com todos os animais da terra, que saíram convosco da arca. 11Estabeleço convosco a minha aliança: nenhuma criatura será mais exterminada pelas águas do dilúvio, e não haverá mais dilúvio para devastar a terra'. 12E Deus disse: 'Este é o sinal da aliança que coloco entre mim e vós, e todos os seres vivos que estão convosco, por todas as gerações futuras. 13Ponho meu arco nas nuvens como sinal de aliança entre mim e a terra. 14Quando eu reunir as nuvens sobre a terra, aparecerá meu arco nas nuvens. 15Então eu me lembrarei de minha aliança convosco e com todas as espécies de seres vivos. E não tornará mais a haver dilúvio que faça perecer nas suas águas toda criatura'. - Palavra do Senhor. T. Graças a Deus.
6. SALMO RESPONSORIAL (Sl 24/25,4bc-5ab.6-7bc.8-9 - R. cf. 10)
Verdade e amor, são os caminhos do Senhor.
1.     4bMostrai-me, ó Senhor, vossos caminhos,/ 4ce fazei-me conhecer a vossa estrada!
5aVossa verdade me oriente e me conduza,/ 5bporque sois o Deus da minha salvação.
2.     6Recordai, Senhor meu Deus, vossa ternura/ e a vossa compaixão que são eternas!
7bDe mim lembrai-vos, porque sois misericórdia/ 7ce sois bondade sem limites, ó Senhor!
3.     8O Senhor é piedade e retidão,/ e reconduz ao bom caminho os pecadores.
9Ele dirige os humildes na justiça,* e aos pobres ele ensina o seu caminho.
7. SEGUNDA LEITURA (1 Pedro 3,18-22)
Leitura da Primeira Carta de São Pedro - Caríssimos: 18Cristo morreu, uma vez por todas, por causa dos pecados, o justo, pelos injustos, a fim de nos conduzir a Deus. Sofreu a morte, na sua existência humana, mas recebeu nova vida pelo Espírito. 19No Espírito, ele foi também pregar aos espíritos na prisão, 20a saber, aos que foram desobedientes antigamente, quando Deus usava de longanimidade, nos dias em que Noé construía a arca. Nesta arca, umas poucas pessoas - oito - foram salvas por meio da água. 21À arca corresponde o batismo, que hoje é a vossa salvação. Pois o batismo não serve para limpar o corpo da imundície, mas é um pedido a Deus para obter uma boa consciência, em virtude da ressurreição de Jesus Cristo. 22Ele subiu ao céu e está à direita de Deus, submetendo-se a ele anjos, dominações e potestades. - Palavra do Senhor. T. Graças a Deus.
8. ACLAMAÇÃO AO EVANGELHO
Louvor e glória a ti, Senhor, / Cristo, Palavra de Deus! / Cristo, Palavra de Deus!
O homem não vive somente de pão, / mas de toda palavra da boca de Deus.
9. EVANGELHO (Marcos 1,12-15)
P. O Senhor esteja convosco.
T. Ele está no meio de nós.
P. Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas.
T. Glória a vós, Senhor.
P. Naquele tempo: 12O Espírito levou Jesus para o deserto. 13E ele ficou no deserto durante quarenta dias, e ali foi tentado por Satanás. Vivia entre os animais selvagens, e os anjos o serviam. 14Depois que João Batista foi preso, Jesus foi para a Galiléia, pregando o Evangelho de Deus e dizendo: 15'O tempo já se completou e o Reino de Deus está próximo. Convertei-vos e crede no Evangelho!' - Palavra da Salvação. T. Glória a vós, Senhor.
10. PROFISSÃO DE FÉ
P. Creio em Deus Pai todo-poderoso / T. criador do céu e da terra,/ e em Jesus Cristo seu único Filho, nosso Senhor, / que foi concebido pelo poder do Espírito Santo; /nasceu da Virgem Maria;/ padeceu sob Pôncio Pilatos, / foi crucificado, morto e sepultado. / Desceu à mansão dos mortos; /ressuscitou ao terceiro dia, / subiu aos céus; / está sentado à direita de Deus Pai todo-poderoso, / donde há de vir a julgar os vivos e os mortos. / Creio no Espírito Santo; / na Santa Igreja Católica; / na comunhão dos santos; / na remissão dos pecados; / na ressurreição da carne; / na vida eterna. Amém.
11. ORAÇÃO DOS FIÉIS
P. Caríssimos irmãos e irmãs: Voltemo-nos para Deus, que salvou Noé e os seus filhos do dilúvio com que submergiu a terra, e oremos pela Igreja e pelo mundo, dizendo (ou: cantando), cheios de confiança:
T. Renovai, Senhor, o vosso povo.
1. Pelos ministros da Igreja, pelos fiéis e catecúmenos, para que escutem o apelo feito a todos: “Arrependei-vos e acreditai no Evangelho”, oremos ao Senhor.
2. Pelos homens que governam as nações, para que não se deixem tentar pelo poder e estejam sempre ao lado dos mais fracos, oremos ao Senhor.
3. Pelos que vivem na solidão e na tristeza e pelos humilhados, desprezados e esquecidos, para que em Deus encontrem o que procuram, oremos ao Senhor.
4. Pelos cristãos que iniciaram a Quaresma, para que, na oração, na partilha e no jejum, se preparem para celebrar a santa Páscoa, oremos ao Senhor.
5. Por nós próprios e pela nossa comunidade (paroquial), para que o Espírito nos faça sentir fome da Palavra e não deixe que sejamos vencidos pelo Demônio, oremos ao Senhor.
P. Senhor, nosso Deus, que fizestes uma aliança por todas as gerações com a descendência de Noé e com os seres vivos, concedei-nos a graça de descobrir que só em Vós se encontra a fonte do amor e da vida. Por Cristo, nosso Senhor.
T. Amém.
12. APRESENTAÇÃO DAS OFERENDAS
Eis o tempo de conversão, eis o dia da salvação.
Ao Pai voltemos, juntos andemos./ Eis o tempo de conversão!
1.     Os caminhos do Senhor são verdade, são amor. Dirigi os passos meus
Em vós espero, ó Senhor!
Ele guia ao bom caminho quem errou e quer voltar.
Ele é bom, fiel e justo; Ele busca e vem salvar!
2.     Viverei com o Senhor. Ele é o meu sustento.
Eu confio mesmo quando minha dor não mais aguento.
Tem valor aos olhos Seus meu sofrer e meu morrer.
Libertai o Vosso servo e fazei-o reviver!
3.     A Palavra do Senhor é a luz do meu caminho
Ela é vida, é alegria; vou guardá-la com carinho.
Sua Lei, Seu Mandamento é viver a caridade.
Caminhemos todos juntos, construindo a unidade!
13. ORAÇÃO SOBRE AS OFERENDAS
P. Orai, irmãos e irmãs, para que o nosso sacrifício seja aceito por Deus Pai todo-poderoso.
T. Receba o Senhor por tuas mãos este sacrifício, para glória do seu nome, para nosso bem e de toda a santa Igreja.
P. Fazei, ó Deus, que o nosso coração corresponda a estas oferendas com as quais iniciamos nossa caminhada para a Páscoa. Por Cristo, nosso Senhor.
T. Amém.
14. ORAÇÃO EUCARÍSTICA II (Pref. A tentação do Senhor, MR p. 181)
P. O Senhor esteja convosco.
T. Ele está no meio de nós.
P. Corações ao alto.
T. O nosso coração está em Deus.
P. Demos graças ao Senhor nosso Deus.
T. É nosso dever e nossa salvação.
P. Na verdade, é justo e necessário, é nosso dever e salvação dar-vos graças, sempre e em todo o lugar, Senhor, Pai santo, Deus eterno e todo-poderoso, por Cristo, Senhor nosso. Jejuando quarenta dias no deserto, Jesus consagrou a observância quaresmal. Desarmando as ciladas do antigo inimigo, ensinou-nos a vencer o fermento da maldade. Celebrando agora o mistério pascal, nós nos preparamos para a Páscoa definitiva. Enquanto esperamos a plenitude eterna, com os anjos e todos os santos, nós vos aclamamos, cantando (dizendo) a uma só voz:
T. Santo, Santo, Santo...
P. Na verdade, ó Pai, vós sois santo e fonte de toda santidade. Santificai, pois, estas oferendas, derramando sobre elas o vosso Espírito, a fim de que se tornem para nós o Corpo + e o Sangue de Jesus Cristo, vosso Filho e Senhor nosso.
T. Santificai nossa oferenda, ó Senhor!
P. Estando para ser entregue e abraçando livremente a paixão, ele tomou o pão, deu graças e o partiu e deu a seus discípulos, dizendo: TOMAI, TODOS, E COMEI: ISTO É O MEU CORPO, QUE SERÁ ENTREGUE POR VÓS. Do mesmo modo, ao fim da ceia, ele tomou o cálice em suas mãos, deu graças novamente, e o deu a seus discípulos, dizendo: TOMAI, TODOS, E BEBEI: ESTE É O CÁLICE DO MEU SANGUE, O SANGUE DA NOVA E ETERNA ALIANÇA, QUE SERÁ DERRAMADO POR VÓS E POR TODOS, PARA REMISSÃO DOS PECADOS. FAZEI ISTO EM MEMÓRIA DE MIM. Eis o mistério da fé!
T. Anunciamos, Senhor, a vossa morte e proclamamos a vossa ressurreição. Vinde, Senhor Jesus!
P. Celebrando, pois, a memória da morte e ressurreição do vosso Filho, nós vos oferecemos, ó Pai, o pão da vida e o cálice da salvação; e vos agradecemos porque nos tornastes dignos de estar aqui na vossa presença e vos servir.
T. Recebei, ó Senhor, a nossa oferta!
P. E nós vos suplicamos que, participando do Corpo e Sangue de Cristo, sejamos reunidos pelo Espírito Santo num só corpo.
T. Fazei de nós um só corpo e um só espírito!
P. Lembrai-vos, ó Pai, da vossa Igreja que se faz presente pelo mundo inteiro: que ela cresça na caridade, com o Papa Bento, com o nosso bispo (...) e todos os ministros do vosso povo.
T. Lembrai-vos, ó Pai da vossa Igreja!
P. Lembrai-vos também dos nossos irmãos e irmãs que morreram na esperança da ressurreição e de todos os que partiram desta vida: acolhei-os junto a vós na luz da vossa face.
T. Lembrai-vos, ó Pai, dos vossos filhos!
P. Enfim, nós vos pedimos, tende piedade de todos nós e dai-nos participar da vida eterna, com a Virgem Maria, Mãe de Deus, com os santos Apóstolos e todos os que neste mundo vos serviram, a fim de vos louvarmos e glorificarmos por Jesus Cristo, vosso Filho.
T. Concedei-nos o convívio dos eleitos!
P. Por Cristo, com Cristo e em Cristo, a vós, Deus Pai todo-poderoso, na unidade do Espírito Santo, toda a honra e toda a glória, agora e para sempre.
T. Amém.
15. RITO DA COMUNHÃO
P. Obedientes à palavra do Salvador e formados por seu divino ensinamento, ousamos dizer:
T. Pai nosso que estais nos céus, santificado seja o vosso nome; venha a nós o vosso reino, seja feita a vossa vontade, assim na terra como no céu; o pão nosso de cada dia nos daí hoje, perdoai-nos as nossas ofensas, assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido, e não nos deixeis cair em tentação, mas livrai-nos do mal.
P. Livrai-nos de todos os males, ó Pai, e dai-nos hoje a vossa paz. Ajudados pela vossa misericórdia, sejamos sempre livres do pecado e protegidos de todos os perigos, enquanto, vivendo a esperança, aguardamos a vinda de Cristo salvador.
T. Vosso é o Reino, o poder e a glória para sempre.
P. Senhor Jesus Cristo, dissestes aos vossos apóstolos: eu vos deixo a paz, eu vos dou a minha paz. Não olheis os nossos pecados, mas a fé que anima vossa Igreja; dai-lhe, segundo o vosso desejo, a paz e a unidade. Vós, que sois Deus, como Pai e o Espírito Santo. T. Amém.
P. A paz do Senhor esteja sempre convosco.
T. O amor de Cristo nos uniu.
P. Irmãos e irmãs, saudai-vos em Cristo Jesus.
T. Cordeiro de Deus, que tirais o pecado do mundo, tende piedade de nós. Cordeiro de Deus, que tirais o pecado do mundo, tende piedade de nós. Cordeiro de Deus que tirais o pecado do mundo, dai-nos a paz.
Antífona da comunhão: Ele te cobrirá com sua sombra, encontrarás abrigo em suas asas.
P. Provai e vede como o Senhor é bom; feliz de quem nele encontra seu refúgio. Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo.
T. Senhor, eu não sou digno de que entreis em minha morada, mas dizei uma palavra e serei salvo!
16. CANTO DE COMUNHÃO
Nós vivemos de toda a palavra que procede da boca de Deus:
A palavra de vida e verdade  que sacia a humanidade
A palavra de vida e verdade  que sacia a humanidade
1.     Impelidos ao deserto retomamos a estrada
Que conduz ao paraíso, nossa vida e morada.
2.     As prisões da humanidade assumidas pelo Cristo
São lugares de vitória, ele veio para isto!
3.     O Senhor nos deu exemplo ao vencer a noite escura:
Superou a dor do mundo, renovando as criaturas.
4.     Progredimos neste tempo conhecendo o Messias.
Ele veio para todos, alegrando nossos dias.
5.     Celebramos a memória do amor que ao mundo veio.
Junto dele venceremos o inimigo verdadeiro.
6.     Contemplamos nossa terra em mistério fecundada.
Flor e fruto são promessas ao findar a madrugada
17. ORAÇÃO APÓS A COMUNHÃO
P. Oremos (silêncio): Ó Deus, que nos alimentastes com este pão que nutre a fé, incentiva a esperança e fortalece a caridade, dai-nos desejar o Cristo, pão vivo e verdadeiro, e viver de toda palavra que sai de vossa boca. Por Cristo, nosso Senhor.
T. Amém.
18. BÊNÇÃO E DESPEDIDA
P. O Senhor esteja convosco.
T. Ele está no meio de nós.
P. Confirmai, ó Deus, os corações de vossos filhos e filhas, e fortalecei-os com vossa graça, para que sejam fiéis na oração e sinceros no amor fraterno. Por Cristo, nosso Senhor.
T. Amém.
P. Abençoe-vos Deus todo-poderoso, Pai e Filho + e Espírito Santo. T. Amém.
P. Ide em paz e o Senhor vos acompanhe. T. Graças a Deus.
19. CANTO FINAL
1.     Ah! Quanta esperança, desde as frias madrugadas.
Pelo remédio para aliviar a dor!
Este é teu povo, em longas filas nas calçadas.
A mendigar pela saúde, meu Senhor!
Tu, que vieste pra que todos tenham vida,
Cura teu povo dessa dor em que se encerra;
Que a fé nos salve e nos dê força nessa lida,
E que a saúde se difunde sobre a terra!
2.     Ah! Quanta gente que, ao chegar aos hospitais,
Fica a sofrer sem leito e sem medicamento!
Olha, Senhor, a  gente não suporta mais,
Filho de Deus com esse indigno tratamento!
3.     Ah! Não é justo, meu Senhor, ver o teu povo.
Em sofrimento e privação quando há riqueza!
Com tua força, nós veremos mundo novo,
Com mais justiça, mais saúde, mais beleza!
4.     Ah! Na saúde já é quase escuridão,
Fica conosco nessa noite, meu Senhor,
Tu que enxergaste, do teu povo, a aflição.
E que desceste pra curar a sua  dor.
5.     Ah! Que alegria ver quem cuida dessa gente
Com a compaixão daquele bom samaritano.
Que se converta esse trabalho na semente
De um tratamento para todos mais humano!
6.     Ah! Meu Senhor, a dor do irmão é a tua cruz!
Sê nossa força, nossa luz e salvação!
Queremos ser aquele toque, meu Jesus,
Que traz saúde pro doente, nosso irmão.
LEITURAS DA SEMANA: de 27 de fevereiro a 04 de março de  2012
2ª-: Lv 19,1-2.11-18; Sl 18(19A), 8. 9. 10. 15 (R. Jo 6,63c); Mt 25,31-46
3ª-: Is 55,10-11; Sl 33(34), 4-5. 6-7. 16-17. 18-19 (R. 18b); Mt 6,7-15
4ª-: Jn 3,1-10; Sl 50(51), 3-4, 12-13. 18-19 (R. 19b); Lc 11,29-32
5ª-: Est 4,17 n.p-.r.aa-bb.gg-hh; Sl 137(138), 1-2a.2bc-3.7c-8 (R. 3a); Mt 7,7-12
6ª-: Ez 18,21-28; Sl 129(130), 1-2.3-4.4-6.7-8 (R. 3); Mt 5,20-26
Sáb-: Dt 26,16-19; Sl 118(119), 1-2.4-5.7-8 (R. 1b); Mt 5,43-48
Dom (2º Domingo da Quaresma)-: Gn 22,1-2.9a.10-13.15-18; Sl 115(116b), 10.15.16-17.18-19 (R. Sl 114,9); Rm 8,31b-34; Mc 9,2-10 (Transfiguração)