sábado, 16 de abril de 2016

A SENZALA MANDOU AVISAR!

A senzala mandou avisar: De tudo o que é de ruim, que está acontecendo, podemos ainda abstrair coisas boas. Uma delas é que a máscara que encobre o pré-conceito aos poucos vai caindo, deixando manifestar o que de fato somos e o que pensamos sobre os que pensam e agem diferente. A intolerância racial, de gênero, de religião, de posição política e ideológica, ao imigrante (xenofobia), também a intolerância utilitária - aquela que valoriza apenas quem tem carteira assinada, e despreza o aposentado, a criança, a dona de casa, o professor, o religioso, o artista, o desempregado -, a cada dia que passa vai se manifestando mais real e mais latente, nas mentes, nas palavras, e quem sabe, nas ações antes, escamoteadas, diante da luz do dia, que tudo revela, realizadas sem nenhum constrangimento na escuridão da noite, agora, abertamente manifestas à luz do dia mesmo. Quem não pensa e não age como eu, este deve morrer (já vai tarde!), tal como aprendido nos programas de "reality show" como os BBBs, as Fazendas, os The Voices, os Masterchefs da vida que encantam e ensinam aos telespectadores a eliminar o mais fraco e premiar o mais forte; a vida imita a arte, mesmo que esta arte seja esdrúxula, mesquinha, tosca; em suma, quem não nos serve deve ser eliminado: o pai ou a mãe velhos ou doentes, o irmão deficiente, o vizinho desempregado, o jovem desiludido, o pobre que vaga nas sarjetas e atrapalha nosso caminhar na calçada, o negro que não teve oportunidades, a mulher que não foi compreendida e amada... todos devem ser eliminados; postos fora da casa, e ainda prevalece minha máscara de tolerante, o discurso do pseudo-respeito ao outro. Mas tudo isto não passará (em vão)!




ESTAMOS TODOS ÓRFÃOS!

O Estado Capitalista está falido!

É o que expressa as palavras do Secretário da Educação do Estado de São Paulo, Sr. José Renato Nalini, em seu texto "A sociedade órfã", publicada no dia 05/04/2016 na página oficial da Secretaria a qual coordena. O Estado laico que na trajetória da história, retirou da Igreja Católica serviços essenciais como Educação, Saúde e Assistência Social, sobre o pretexto de universalizar tais serviços e assim oferecê-los de forma gratuita e de qualidade, pois,segundo os defensores do Estado Laico, isto não acontecia; no entanto o Estado capitalista não deu conta da demanda, e faliu, como também não daria conta a Igreja, pois era limitada nos seus recursos, e o pouco que oferecia, os ricos, como de costume, passavam os pobres para traz e tomava-lhes o lugar; o que é também corrupção. E o Estado capitalista faliu porque não consegue equalizar suas receitas com as despesas, não por conta da enorme demanda, como relata o Sr. secretário, mas porque a corrupção, tendo-se tornado agora banalizada, intrincada na cultura popular e generalizada em todas as esferas da sociedade, inclusive em nossa família, os desvios se tornaram imensos e intoleráveis. Ora, e a corrupção gera injustiça social? Que por sua vez compromete a paz? Daí a conjuntura política a qual vivemos. E não se iludam; para equacionar receitas e despesas precisar-se ia matar o povo de tanto cobrar impostos, o que gera instabilidade política, ou o Estado deixar de ofertar serviços essenciais como Educação, Saúde e Assistência Social que deveriam ser comprados no particular, regulados, segundo o Sr. Secretário, por um Estado capitalista e falido, que somente ofereceria segurança e justiça de qualidade, não para garantir o direito da população, mas para garantir o pleno desenvolvimento do mercado. Isto sim é uma sociedade órfã, de pai e de mãe.