quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

DIA 25/12/2010 – NOITE DE NATAL DO SENHOR JESUS – ANO A


REFLETINDO A PALAVRA

§  1ª Leitura: Isaías 9,1-6
§  Salmo Responsorial: 95(96)
§  2ª Leitura: Tito 2,11-14
§  Evangelho: Lucas 2,1-14 





“DEUS SE FAZ HUMANO PARA NOS TORNAR DIVINOS” [1]
Não há o que dizer da imensa graça redentora que Deus concede a toda a humanidade, antes errante, pela própria opção de se aventurar no pecado da soberba, ou seja, de querer tornar-se Deus, agora restaurada, esta mesma humanidade pode, por meio da encarnação, morte e ressurreição do próprio Deus que se torna homem pelo nascimento de um indefeso menino, comungar desta mesma graça; a todos, Deus nos quer santos, tal como Ele é. Para isto mesmo é que quis viver nossa dura vida, esgotando-a na cruz. Antes, porém, para que tudo isso aconteça, dependerá dos cuidados e da proteção de seus pais: Maria e José; a família, eis o espaço onde Deus inicia a realização de sua obra de salvação.
Nesta santa noite é anunciado solenemente o Natal, não como uma simples celebração de aniversário de Jesus, mas como a própria encanação do Cristo Salvador da humanidade, a plenitude da manifestação de Deus em nossa realidade, nem sempre favorável a promoção da vida. Tal anúncio deve nos fazer refletir sobre esta primeira revelação, ao mesmo tempo em que se firma uma verdadeira e feliz esperança na segunda manifestação do Cristo, a qual teologicamente se denomina “Parusia”; esta nos remete diretamente à nossa escatologia, ou seja, ao fim da nossa história no tempo e no espaço. E isto deve ser motivo de conversão, pois este fim está relacionado ao juízo de nossa prática. Observando os acontecimentos, os sinais dos tempos, podemos concluir que se faz urgente esta conversão.
O próprio Deus nos dá sinais que nos indicam por onde começar este processo de conversão e construção de seu Reino: o nascimento do Cristo na simplicidade da manjedoura, sem reivindicar nada além do que o reconhecimento de sua dignidade divina, no seio de uma família humana, aquecido apenas pelo calor vindo das criaturas mais simples e humildes, e protegido pela contemplação e admiração dos poucos que compreendem e aceitam os desígnios do Senhor, são sinais que se atualizam em nossa história, e nos denuncia que, ao afastá-los de nossa forma de viver estamos construindo ao contrário de uma vida feliz e plena no nosso hoje, a nossa própria condenação, a possibilidade de viver eternamente sem Deus.
OREMOS: Ó Deus, que fizestes resplandecer esta noite santa com a claridade da verdadeira luz, concedei que, tendo vislumbrado na terra este mistério, possamos gozar no céu sua plenitude. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo. Amém!

[1] Liturgia Diária. Ano XIX – nº. 228 – Dezembro de 2010 – Ano A. São Paulo: Paulus, 2010, p. 25.


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