sábado, 14 de maio de 2011

SER SACERDOTE CONFORME CRISTO, MODELO DE SACERDÓCIO, É TORNAR-SE A PORTA DE SALVAÇÃO A TODOS OS FIEIS.

4º Domingo do Tempo Pascal - Ano A - 15/05/2011
Cor: branco

PRIMEIRA LEITURA: At 2,14.36-41
SALMO RESPONSORIAL: 22/23
SEGUNDA LEITURA: 1Pd 2,20b-25
EVANGELHO: Jo 10,1-10

Celebramos neste 4º Domingo do Tempo Pascal, o Cristo Bom Pastor, modelo de sacerdócio a todos os que sentem mais profundamente o chamado vocacional a servi-lo na comunidade de fé.
Ser sacerdote é, portanto, revestir-se da autoridade de Cristo, Sumo-sacerdote, confiada inicialmente aos apóstolos para que fosse transmitida a toda a Igreja caminhante. Esta autoridade refere-se à missão especial de conduzir o rebanho, tanto ao conhecimento da Palavra, quanto à administração dos sacramentos; sinais sensíveis da própria manifestação de Deus em nosso meio e fonte de comunhão, seja entre os membros da comunidade, ou destes com Deus, nosso fim.
A missão sacerdotal não diminui em nada o caráter eclesial dos demais membros do rebanho, denominados leigos; termo que se utiliza na Igreja, não no sentido pejorativo a que se refere no meio secular, o estado de ignorância em determinado assunto, mas num sentido mais amplo, em que lhe é creditado outra dimensão evangelizadora, a que não se encerra nos limites da igreja, mas os extrapola, dando a compreender que o leigo é de fato, quem está inserido na rotina da sociedade, mas que, junto ao clero constitui-se num só, todo o corpo de Cristo, e assim, o complementa.
Mas, o que seria da comunidade sem a presença do sacerdote em meio ao povo? A Palavra mesmo esclarece tal questionamento. O novo evento de Pentecostes marca o nascimento institucional do Cristianismo, o qual nasce fundamentalmente para a pregação do Evangelho, e é isto que Pedro faz quando, “de pé, no meio dos onze apóstolos” (At 2,14), levanta a voz e diz à multidão o que profeticamente deveria ser dito; estar junto aos “onze apóstolos”, nada mais é do que ter a comunidade eclesial toda reunida ao redor do líder, cumprindo o múnus sacerdotal de ensinar ao povo o caminho da conversão, fonte de cura e de libertação, ainda que as palavras sejam duras e causem aflição (cf. v. 37).
O Bom Pastor é aquele que assume a missão sacerdotal, mediante tal amor que é capaz de suportar o máximo do sofrimento para que os ideais do Evangelho tornem-se conhecidos e praticados no mundo em que vivemos; é um trabalho, pois, de regeneração deste nosso mundo, tão e nem sempre favorável à vida. Cristo, Bom Pastor, deu-se como exemplo para que aquele que decidisse segui-lo, o fizesse iluminado por sua prática; “de fato, para isto foste chamado” (1Pe 2,21), no entanto, engana-se quem considera esta, uma particularidade dos sacerdotes e religiosos; todos os fiéis são chamados a viver na carne o testemunho da caridade em favor do outro. Ocorre que, erradamente, sempre esperamos que um líder vá à frente tome a iniciativa de nossas lutas; não raramente, nos esquecemos que em Cristo, único sacerdote e Bom Pastor, todos nós que fomos batizados, somos sacerdotes, reis e profetas, portadores da vida em abundância, ou seja, da íntegra felicidade, motivo pelo qual Cristo se manifesta (cf. Jo 10,10).

Fraternal abraço a todos e todas.

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