sexta-feira, 23 de setembro de 2011

REFLEXÃO DA PALAVRA - XXVI DOMINGO DO TEMPO COMUM - ANO A - 25/09/2011

XXVI DOMINGO DO TEMPO COMUM – 25/09/2011

PRIMEIRA LEITURA: Ezequiel 18,25-28
SALMO RESPONSORIAL: 24/25
SEGUNDA LEITURA: Filipenses 2,1-11
EVANGELHO: Mateus 21,28-32

ATENDER A DEUS OU À PRÓPRIA VONTADE: DESAFIO PARA A RAZÃO HUMANA

O momento histórico em que nos encontramos, enquanto humanidade é tanto quanto delicado para a sobrevivência, não somente para alguma ou outra sociedade, que dentre a comunidade mundial esteja mais fragilizada, tampouco para a raça humana, que enfrenta desafios que nunca na sua história, se manifestaram tão evidentemente e de forma tão cruentos; analisemos as guerras modernas que são promovidas ainda que por interesses banais, como a defesa da honra ou da supremacia mundial; formas de ostentar poder como primazia da vida; é sim, toda a criação a experimentar o limite da sobrevivência sobre o paraíso criado por Deus para que o homem administrasse de forma que toda a criação pudesse ali viver dignamente e se desenvolver.
Tal como o filho, que balança a cabeça positivamente, e diz sim diante da missão que o pai lhe impõe, porém, efetivamente não coloca em prática sua resposta – “Sim, senhor, eu vou. Mas não foi” (Mt 28,30) –, o homem tem se comportado diante da grande missão que tem de promover a vida no planeta e de defender os que mais sofrem; seria muito mais valioso e produtivo se tal comportamento fosse o inverso deste; se ao menos após recusar tal missão, o homem se conscientizasse de sua desobediência, e isso fosse capaz de provocar sua conversão, afastando-se da arrogância e prepotência que demonstra (cf. Mt 21,29), Deus testemunharia o caminho da humanidade ao paraíso, que não é de forma alguma um espaço transcendente, mas este mesma casa a qual nós habitamos e que Ele mesmo criou; a transcendência nada mais é do que a extensão de nosso mundo real, uma vez transfigurado na glória divina, ou seja, o céu que almejamos deve começar no tempo e no espaço em que estamos inseridos.
A responsabilidade pelo sofrimento causado a si mesmo e a toda criação, não é de forma alguma, como alguns compreendem e expressam, de Deus, mas do próprio homem, por ter escolhido muito mais, atender aos seus propósitos de felicidade, de bem estar e de prazer a qualquer custo, de forma individualizada, e pior, sem a intervenção divina, o que torna sua vida vazia e insossa, uma vez que tudo que conquista não satisfaz seu anseio por felicidade; Deus não é responsável por nossas angústias, é isto que profetiza Ezequiel: “Quando um justo se desvia da justiça, pratica o mal e morre, é por causa do mal praticado que ele morre” (Ez 18,26); compreende-se como morrer a escolha que se tem de afastar-se de Deus, Pois Deus é vida: “[...] a vida se manifestou, nós a vimos, dela damos testemunho, e lhes anunciamos a vida eterna” (1Jo 1,2); afastando-nos da vida morremos, isto é ficamos condenados à morte. A consolação dos que atendem a vontade de Deus, de fazer a vida prevalecer em todos os seus sentidos, é a de que a vida se renova, Deus é glorificado, e toda a criação encontra felicidade completa.
Fiquemos com as palavras de Paulo: “Ao nome de Jesus, todo joelho se dobre no céu, na terra e abaixo da terra, e toda língua proclame: ‘Jesus Cristo é o Senhor’” (Fl 2,10-11).

Louvado seja nosso Senhor Jesus Cristo

 Jesuel Arruda
Leigo, formado em Teologia pelo Centro Universitário Claretiano
Ministro Extraordinário da Palavra na Paróquia São Marcos, O Evangelista
Arquidiocese de Campinas/SP

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