sábado, 4 de fevereiro de 2012

REFLEXÃO DA PALAVRA - 5º DOMINGO DO TEMPO COMUM - ANO B - 05/02/2012: A PALAVRA EXIGE AÇÃO CONCLETA DE LIBERTAÇÃO E GERA FELICIDADE PLENA EM SERVIR GRATUITAMENTE, EM ESPECIAL AOS QUE SE ENCONTRAM À MARGEM DA SOCIEDADE.

5º DOMINGO DO TEMPO COMUM - ANO B - 05/02/2012
(Verde, Glória, Creio, I Semana do Saltério)

1ª Leitura: Jó 7,1-4.6-7
Salmo Responsorial: Sl 146(147),1-2.3-4.5-6 (R. cf. 3a)
2ª Leitura: 1Coríntios 9,16-19.22-23
Evangelho: Mc 1,29-39

A PALAVRA EXIGE AÇÃO CONCLETA DE LIBERTAÇÃO E GERA FELICIDADE PLENA EM SERVIR GRATUITAMENTE, EM ESPECIAL AOS QUE SE ENCONTRAM À MARGEM DA SOCIEDADE.

As sociedades modernas, as quais, por intermédio dos sistemas políticos e de seus governantes, deveriam cuidar das necessidades básicas e do bem estar de suas populações, em especial, os mais fragilizados, que sofrem as injustiças provocadas, sobretudo, pela ganância e pela selvageria na busca sedenta pelo acúmulo de riquezas, definitivamente não dão conta de tal missão, mesmo porque, a quantidade de excluídos que o sistema político-econômico vem produzindo, tem crescido de forma descontrolada, denunciando que este sistema, denominado capitalista, e a política neoliberal que o sustenta atualmente, não são capazes de solucionar os problemas de toda a comunidade, apesar de ser plenamente satisfatório àqueles que têm o controle social, por meio da informação, do capital, das forças de contenção, isto é, a força policial, e do Estado, haja visto, a propriedade com que se utilizam destes recursos para manterem sua hegemonia e enriquecimento em detrimento dos interesses de toda uma população que de fato trabalha e produz.
Exemplo disso fora a ação de desapropriação ocorrida no domingo, Dia do Senhor, 22 de janeiro último em São José dos Campos, na comunidade de Pinheirinho, onde, uma estrutura do Estado composta por 1800 policiais militares, 2 helicópteros e diversas viaturas ficaram à disposição de uma elite falida e corrupta, um empresário que tem contribuído sobremaneira para a situação de exclusão na sociedade por seus atos de corrupção que todos nós temos ciência, e aqui não precisamos elencar; o Sr. Naji Nahas, que, por meio de sua empresa falida Selecta/AS, devia cerca de 10 milhões de IPTU à Prefeitura de São José dos Campos.


Quero aqui ligar este fato da realidade atual, muito próximo a nós, uma vez que São José dos Campos, a “Princesa do Vale do Paraíba”, uma das cidades mais poderosas do Estado, por ser um dos berços do capital e acolher grandes empresas, não está a mais de 155 km de distância de onde estamos, isto é Sumaré/SP, às leituras deste domingo, sobretudo ao Evangelho que nos relata uma mudança na prática evangelizadora de Jesus que com seus discípulos saem do templo dos judeus, a sinagoga em direção às casas daqueles que necessitavam de sua palavra e de sua ação, a começar pela casa de Pedro, onde realiza a cura de sua sogra e esta curada, se coloca a serviço dos que ali se encontravam: “A sogra de Simão estava de cama, com febre, e eles logo contaram a Jesus. E ele se aproximou, segurou sua mão e ajudou-a a levantar-se. Então, a febre desapareceu; e ela começou a servi-los” (Mc 1,30-31).

A ação de Jesus é por fim, um exemplo àquele que querem tornar-se líder na sociedade. Uma autêntica liderança não é aquele que defende aos interesses apenas de uma parcela privilegiada da sociedade, mas socorre com suas palavras, seu carinho verdadeiro e procura a todo custo, realizar ações que visem restaurar as fragilidades daqueles que sofrem e por isso vivem presos aos sintomas destas fragilidades, a exemplo da sogra de Pedro que não conseguia libertar-se de sua cama, ainda que tivesse vontade de servir, de trabalhar, não o podia. Em Jó, na Primeira Leitura, temos a percepção de alguém que se encontra nesta situação de degradação humana, e não possui mais a esperança de se recuperar; uma pessoa sem esperança é uma pessoa morta ainda em vida, mas a função de Jesus na terra é, sobretudo, revigorar a esperança dos que se encontram de-esperados; nossas lideranças políticas deveriam acordar para este modelo de serviço, principalmente os que se declaram cristãos-católicos, como é o caso, por exemplo, de nosso governador do Estado, e de tantos outros políticos que se utilizam do marketing que é estar numa comunidade de fé.
Bem sabemos que não há como servir a Deus e ao dinheiro ao mesmo tempo, mas aquele que conheceu a Jesus e à sua Palavra tem o dever ético de testemunhar, ainda que pereça sua posição de líder, uma prática libertadora de acordo com o que o Senhor tem planejado para todo seu povo.


Louvado seja Nosso Senhor Jesus Cristo.

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