terça-feira, 8 de março de 2011

IRMÃ ÁGUA: ARTIGO DE LUXO, CADA VEZ MAIS ÚTIL, PRECIOSO E ESCASSO.

1. Introdução.
A denominada água pura é um composto químico formado pela junção de dois átomos de Hidrogênio e um átomo de Oxigênio, representado pela fórmula H2O. A água está presente em toda a natureza, especificamente em três estados físicos: sólido (gelo); líquido e gasoso (vapor), que se movem na natureza num continuado ciclo, e isso garante a existência da vida com toda a sua diversidade no planeta terra, ou seja, a água é a base vital de toda a natureza.
Não há possibilidade de perda de água na natureza, sua quantidade se mantém estável deste o surgimento do universo; a água que os dinossauros bebiam é mesma água presente na natureza de nossos dias. Há dois mil anos atrás, a população mundial correspondia a 3% da população atual, ou seja, apenas 195 milhões de habitantes. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE-2000), só a população Brasileira era de 190 milhões.
O que tem mudado é a disponibilidade de água para o consumo humano; não encontra-se água em estado puro na natureza, somente é possível obtê-la em condições especiais, por meio de laboratório; na natureza, a água está sujeita a contaminantes, uma vez que é um diluente universal. Entende-se contaminantes, todo componente que se associa à molécula da água, e não sejam o Hidrogênio ou o Oxigênio. Neste sentido, há contaminantes que enriquecem as propriedades da água, tais como os sais minerais e existem os que poluem a água e a torna imprópria para o consumo, como a presença de bactérias oriundas, por exemplo, da descarga de efluentes nos rios e córregos. Isto se torna um grande problema, uma vez que a quantidade de água disponível para o consumo humano é bastante pequeno; para manter a vida, o homem necessita de água denominada potável, ou seja, aquela que é própria ao consumo humano.
Com o aumento da população, a agricultura tem de se expandir para alimentar a todos; somente a agricultura consome cerca de 70% da água doce, de superfície, no mundo todo.
2. Distribuição de água no planeta.
O planeta terra é constituído de 71%,  de água, aproximadamente 1.360.000.000 km³, deste montante, 97,5% é água salobra, ou seja, salgada, imprópria para o consumo, restando apenas 2,5% de água denominada doce; somente 0,4% da água doce esta disponível nos rios, córregos, lagos e na atmosfera, que a devolve em forma de chuva, este é, portanto, a quantidade de água mais acessível e mais em conta para o consumo humano. Somente como ilustração: numa piscina de 1000 litros de água, existiriam 975 litros de água salgada e 25 litros de água doce, destes 25 litros, apenas 0,1 litros (um copo americano) estão acessíveis para se beber.

O desenvolvimento industrial, o crescimento das cidades e o aumento da população, hoje em torno de 6,5 bilhões de habitantes, têm aumentado o consumo de água potável disponível, ao passo que está água tem se tornado mais escassa, uma vez que tem aumentado a descarga de poluentes nos rios e córregos, os reservatórios de superfície que atendem a demanda de consumo.
O Brasil, aparentemente, encontra-se numa situação um pouco mais confortável, do que outros países que possui pouco ou nada de recursos hídricos; 13,8% de toda água doce no planeta encontra-se em território brasileiro, no entanto a distribuição desta água é irregular: 68,5% esta disponível na Região Norte, onde se concentra apenas 7% da população brasileira. O inverso ocorre na Região Sudeste, com 6% de disponibilidade hídrica para 43% da população brasileira. A Região Nordeste é a mais crítica: 3% de todo o recurso hídrico brasileiro para 29% da população do Brasil. A Região Centro-Oeste possui 16% da água doce disponível no Brasil, com 6,5% dos brasileiros habitando nesta região. Por fim, a Região Sul detém 6,5% da água com 14,5% da população.
3. A água e o corpo humano.
Todas as formas de vida precisam de água para sobreviver; os seres humanos necessitam de água potável para se manterem saudáveis, ou seja, para manterem o bom funcionamento do organismo, do qual, é composto por pelo menos 70% de água, dependendo da idade, do sexo da massa corporal, do peso e de outras condições como o da gravidez no caso das mulheres. O importante é que sem água o corpo humano se desidrata chegando certamente a falência dos órgãos vitais após três dias sem água.
 4. A poluição das águas.
Como mencionado acima, a poluição das águas de superfície, afeta diretamente a disponibilidade de água para o consumo humano, uma vez que para tratá-la e tornar a água potável fica mais difícil e dispendioso. A dificuldade está então não na água existente, mas no aumento do custo do tratamento; conseqüência disso é que no mundo cerca de 1 bilhão de pessoas consomem água inatura, ou seja, sem nenhum tratamento, por vezes usam água contaminada por fezes humanas ou de outros animais para beber, cozinhar, lavar roupas e se higienizar; consideremos que 1/3 da população do planeta faz suas necessidades assim como os animais, ou seja, em qualquer lugar, sem nenhuma preocupação com a saúde do outro.


Mas não é preciso ir longe; nossas cidades, Sumaré não é diferente, consideram a coleta de esgoto, mas não consideram o tratamento, desta forma grande parte das cidades canaliza seus esgotos, cobram de seus habitantes e descartam tudo inatura nos rios e córregos; no condomínio onde moro, o esgoto de pelo menos 180 apartamentos são descartados diretamente no córrego que passa nos fundos.
5. Conclusão.
A Assembléia Geral da ONU de 28 de julho de 2010, aprovou uma resolução afirmando que a água e o saneamento básico são direitos humanos essenciais e por isso mesmo os governantes tem a obrigação de resolver as carências da população nestes aspectos, seja em quaisquer níveis de governo: municipal, estadual e federal.
Quanto à população, esta deve antes do legítimo exercício de fiscalizar os atos dos seus governantes, moralizar o uso deste bem precioso que é a água, evitar no máximo o desperdício e a contaminação direta dos rios, córregos, lagos e nascentes, não desmatar as encostas, não jogar lixo nas ruas para que a chuva não os carregue para os rios, se informar e participar efetivamente das políticas adotadas com relação ao fornecimento de água, coleta e tratamento de esgoto, coleta e disposição do lixo doméstico; cobrar das indústrias, mecanismos de contenção de descarte de resíduos poluidores, propondo inclusive formas de reuso e reaproveitamento, denunciando os abusos que explicitamente possam ser provados para se reverter o quadro de poluição ambiental, também dos mananciais de água.
À escola, cabe educar os estudantes quanto à preservação da água, desde os primeiros anos do ensino básico, mas com uma perspectiva do cuidado, do respeito e da valorização da vida do semelhante; sem a preocupação com aqueles que viverão após nós, não será possível melhorar este mundo.
6. Bibliografia.
UNIVERSIDADE DA ÁGUA. Disponível em: http://www.uniagua.org.br/ – Acesso em 07 mar. 2011 às 17h30min.
ÁGUA. Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre. Disponível em: http://pt.wikipedia.org/wiki/%C3%81gua#cite_note-cia-2 – Acesso em 07 mar. 2011 às 19h35min.
MIOTTO, L. B. e FUJII, M.F.F. Projeto: “Educação Ambiental, é dever, é legal. 1ª Ed. DDM Editora: São Paulo. Fevereiro de 2008.

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