sábado, 19 de novembro de 2011

REFLEXÃO DA PALAVRA - XXXIV DOMINGO DO TEMPO COMUM - CRISTO REI DO UNIVERSO - 20/11/2011


XXXIV DOMINGO DO TEMPO COMUM – ANO A – 13/11/2011
CRISTO REI DO UNIVERSO

PRIMEIRA LEITURA: Ezequiel 34,11-12.15-17
SALMO RESPONSORIAL: Sl 22/23
SEGUNDA LEITURA: 1 Coríntios 15,20-26.28
EVANGELHO: Mateus 25,31-46

“A HUMANIDADE QUE CAMINHA AO ENCONTRO DE SUA ORIGEM”

Fazer o bem e o não fazer, são atitudes inconscientes no ser humano, espontâneas, não estão no plano de racionalidade, não são fruto de uma construção mental que se materializa no altruísmo, na filantropia, e por isso, não coadunam com o julgamento racional; quem faz o bem e quem não faz, sequer se lembram de suas ações (cf Mt 25,35-37.42-44), o que nos remete a pensar que o fazer o bem e o não fazer estão muito mais próximos da ética do que da moral, primeiro por que é parte integrante da essência do ser humano querer fazer o bem, ainda que se faça o contrário; a ética nos tenciona de dentro para fora, enquanto a moral que se funda nas regras de convivência, ou seja, nas leis que possibilitam julgar o outro é uma construção externa e age de fora para dentro do ser, tira-lhe a liberdade, ao mesmo tempo em esta é garantida se as aços forem legais, isto, estiverem em obediência à lei. Poderíamos pensar naqueles que não querem fazer o bem, mas de fato o faz; fica inclusive, difícil de julgar conforme nossa concepção moral, isto é conforme o conjunto de regras que temos assimilado em nossa mente.
É nesta dimensão, a qual transcende a limitação racional do homem, que o projeto de salvação de toda a criação se realiza. Concebendo o que nossa razão não concebe, o Filho, Verbo encarnado do Pai desde a eternidade, assume a condição não de um simples magistrado, mas de Rei soberano, Senhor da vida e da morte, a quem todos se submete completamente.
Ora, é a quem se deixa submeter que é dirigida a promessa de felicidade eterna, uma vez que estes, submetidos já pelo discurso, ou seja, pela Palavra podem, ainda que não queiram realizar o bem, fazê-lo, não para benefício próprio ou com intenção de autopromover-se, muito comum dos políticos, mas de modo que nem percebam o bem que faz aos outro. Por outro lado, a promessa da não felicidade eterna também é dada àqueles que podendo, e tendo condições para fazer o bem, não o fizeram, e vejam, esta condição contrária do fazer o bem, também acontece sem que se perceba, uma vez que deixando de colaborar na obra da criação, promovendo a vida, se promove a morte e deixando de socorrer o outro nas suas necessidades, é ao próprio Deus que se vira as costas, uma vez somos criados à sua imagem e semelhança, e isso, a mente humana e a ciência que dela provém, não consegue apreender.
Ainda assim, o julgamento, o qual Jesus reivindica, não é um julgamento fundado no princípio da condenação, mas na misericórdia, levando-se em conta as nossas misérias e fragilidades, para que no se poder sejamos restaurados. E nenhum rei humano é capaz de restaurar, antes, é muito capaz de condenar o outro a morte.    

Louvado seja Nosso Senhor Jesus Cristo, Rei dos reis!

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